Um dos meus conhecidos deu entrada no subsídio desemprego e nem resposta obteve ainda, mais de um mês depois de procurar o órgão responsável. Se ele não tivesse ajuda de outros brasileiros, como sobreviveria? Sem como comprovar uma fonte de renda, mesmo que o sujeito mostre que está desempregado, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) não permite a renovação do visto. Ou seja, um ciclo negativo para fazer qualquer bem-intencionado desistir.
Um português que conhece bem os trâmites burocráticos advertiu que missionários brasileiros em Portugal só são atendidos favoravelmente pelo governo, quanto ao visto, se forem acompanhados por um advogado. Caso contrário, os funcionários parecem orientados a pedir mais e mais documentos, a mudar de critério durante a entrevista, a levantar questões que não são pertinentes, etc e etc. E um advogado não custa nada barato por lá.
É uma triste realidade, acompanhada do fato que existem ainda muitas restrições aos missionários brasileiros por parte dos próprios cristãos portugueses, por várias razões que se acumularam nos últimos 30 anos. Primeiro – de acordo com alguns líderes - porque eles não querem se adaptar à cultura local e tentam impor seu modo de trabalho. Depois porque, em geral, dão mau testemunho nas áreas moral e financeira. Em terceiro lugar, não têm o apoio de uma igreja local no Brasil e, quando o tem, muitas vezes se encantam com as facilidades financeiras e rompem o cordão umbilical.
Segundo dados da Aliança Evangélica, o número de igrejas existentes já multiplicou-se por cinco vezes
Nenhum comentário:
Postar um comentário