quarta-feira, 1 de junho de 2016

Faz bem relembrar


Trabalhei tanto tempo na TV Globo (depois TV Modelo) e nunca tive a brilhante ideia de fazer uma reportagem no armazém que meu avô fundou no sítio Ribeirão Preto, em Arandu, interior de São Paulo. Sei lá, talvez por trazer comigo o pensamento de que isto poderia significar algum tipo de favorecimento, ou ainda por falta de oportunidade, já que me especializei em jornalismo esportivo.

Enfim, apesar do meu esquecimento, fui premiado dias atrás ao rever uma reportagem na TV Tem (ex-Globo e ex-Modelo), sobre a Venda do Anísio Lopes. Vô Anísio já partiu, seu filho Osvaldo também, e agora o neto, Osvaldinho, cuida daquele bar de madeira, onde antes os trabalhadores rurais faziam a compra do mês. Hoje é lugar para se tomar uma cerveja gelada com porção de mortadela e apreciar a vista de um dos braços do rio Paranapanema.

Aos domingos, quando toda a família (tios, tias, primos, primas, etc) se reunia para o almoço, a vó Alice pedia para um de nós, moleques, ir à venda para pegar refrigerante, geralmente tubaína. Aí, aproveitávamos para comer os doces que ficavam expostos lá e que eram oferecidos pelo vô: suspiro, maria mole, doce de banana em forma de triângulo com indinho de plástico na ponta, doce de abóbora, doce de batata doce...