quinta-feira, 28 de abril de 2011

A aldeia do xisto e dos licores

Uma vila com casas e telhados de pedra - mais precisamente o xisto, muito parecido com a ardósia encontrada aqui no Brasil - e pouco mais de 200 habitantes. Estou falando de Piódão, na Serra da Estrela, o ponto mais alto de Portugal. De repente, no meio das montanhas, é possível avistar construções características de uma região fria, onde neva boa parte do ano. Foi meio sem querer que cheguei lá, com minha família e um casal amigo, mas não importa. As fotos mostram a aldeia que já foi considerada a "mais típica de Portugal" e que tem licores deliciosos.








Um gole saboroso

Dias atrás tive mais um encontro com a minha história. Fui acostumado a ver meus tios plantarem, colherem e distribuírem o café produzido em suas propriedades. Fácil lembrar do "terreirão", onde os grãos eram espalhados para serem mexidos e secarem com mais rapidez. E lembro de minha avó - que recentemente completou 97 anos - pedir-me para moer o café que logo beberíamos.

Quis reacender estas memórias e tentar explicar aos meus filhos como isso funcionava. Aí descobri em São Carlos a fazenda Santa Maria do Monjolinho, aberta ao ecoturismo (www.santamariadomonjolinho.com.br). Que bela surpresa. Segundo o nosso guia, em 1850 começaram as construções, com a senzala e a casa do capitão do mato. Depois, um lindo sobrado, para receber D. Pedro II, que foi à cidade em 1.887 para inaugurar a chegada dos trens. O "Grande Sobrado" foi projetado por um arquiteto italiano, que trouxe parte do material da Europa. Um ano depois, em 1.888, foi assinada a Lei Áurea, que aboliu a escravatura.

Passear pela tulha onde o café era armazenado, a máquina de beneficiamento, ver um aqueduto muito bem construído, a estação de trem para escoar a produção, experimentar as comidas típicas do restaurante caseiro. E depois beber um café com grãos moídos na hora e passado no coador de pano.

Viva a história, ainda mais quando é a nossa, e é saborosa!

A estação de trem "Monjolinho" está desativada

No restaurante, a comida é servida no fogão de lenha

No museu da casa principal tem este gramofone, que funciona!

A máquina de escrever também já faz parte da história

Esta roda d´água espera para ser restaurada

No cômodo das mucamas a água da mina corria nesta canaleta

As telhas desiguais eram feitas nas "coxas" das escravas

Os namorados ficavam sentados um para cada lado

Um dos castigos dos escravos era ficar preso nestes ferros

O aqueduto tem arcos no mesmo formato dos portugueses

Os escravos dormiam nestas camas de bambu

Em frente à senzala ainda está o pelourinho, com três troncos

O café até hoje é armazenado nesta enorme tulha

O casarão é habitado na sua parte superior; no térreo fica o museu
Veja só o moedor de café, que já virou peça de exposição
A máquina de beneficiamento do café ocupa um enorme espaço

O local é mesmo bucólico e muito agradável

terça-feira, 19 de abril de 2011

O que é louvor para os africanos


Estes dois vídeos foram registrados pelo meu amigo Edy Chagas, que esteve em Lagos, capital da Nigéria, para um encontro na Redeemed Christian Church of God, juntamente com seu pai Abílio Chagas. Eles são pastores da Comunicação e Missão Cristã de Bauru (CMC). Nesta vigília estavam mais de 1.500 pessoas. Reparem na alegria dos cristãos, nas danças, nos movimentos. Só o coral tinha 3.000 integrantes. É mesmo impressionante!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Entre as muralhas

A vila de Óbidos mantém suas exuberantes muralhas, que guardam séculos de história. Segundo os estudiosos, a sua criação foi no século I e por aí passaram os romanos, os visigodos, os árabes, reis e rainhas portugueses. É possível andar pelos muros altos e observar a beleza dos azulejos no portão de entrada, das casas, das ruas estreitas, dos telhados, das igrejas, dos restaurantes que servem as ginjinhas (um licor muito saboroso). Pois é, andar por Óbidos é como saborear o passado.











Até onde a vista alcança

A 35 km de Lisboa está Palmela, com seu castelo, o primeiro que visitei quando morei em Portugal. Valdemar Salgueiro, o nosso hospedeiro (até rimou...) - que gosto de chamar de "Pato Bravo" (apelido de quem nasce em Tomar) -, disse que a fortificação era estratégica, pois permitia enxergar os inimigos que se aproximavam de todos os lados. E de lá também se vê, ao longe, Lisboa. Hoje funciona uma pousada no local.






Que reencontro!

Cerca de 40 ex-integrantes do movimento "Atletas de Cristo", que funcionou em Bauru de 1986 a 1996, se reuniram para um churrasco na chácara da CMC. Foi um dia para contar histórias, relembrar, chorar, sorrir! Logo, a turma - da qual faço parte - estará  junta de novo.

Marcus, Gláuber, Alemão, Xã, Ovídio, Boiadeiro e Ditinho;
Nani, Edy, Paulinho, Pinhata, Cássio, Aírton e Amauri
Ivan Boiadeiro, Marcus e o pequeno Pietro, filho de Ivan
Mulheres e crianças acompanharam os ex-jogadores

O velho que ficou novinho

Uma mescla do antigo e do moderno. A arquitetura contemporânea portuguesa pode ser bem vista no Parque das Nações, à beira do rio Tejo, em Lisboa, uma zona revitalizada para a Expo 98, realizada no país com o tema "Os oceanos: um patrimônio para o futuro". A cada ano, a região fica mais bonita, com espaços para atividades esportivas, restaurantes, áreas verdes. Bem pertinho está a Ponte Vasco da Gama, a maior da Europa.

Prédios têm forma de caravelas, para lembrar os descobrimentos



Todos os anos, mais de um milhão de pessoas visitam o oceanário


As linhas de metrô e trem passam pela estação Oriente
O Centro Comercial Vasco da Gama é outra atração