sábado, 31 de dezembro de 2011

A minha esperança

"Pai, tem um bicho no meu ouvido". O meu filho gritou e logo começou a balançar a cabeça para ver se ele saía. Cada movimento do bichinho gerava um desconforto ainda maior nele, a ponto do menino parecer enlouquecido. Seria a solução jogar água, colocar azeite, cutucar sob o risco de machucar o tímpano? No caminho para o hospital, só me restava pedir a Deus que resolvesse aquela situação terrível, onde a sensação de impotência era latente. Cruzei a cidade o mais rápido que pude, buzinando nas esquinas, sinalizando com luz alta aos motoristas dos outros veículos. Quando cheguei à porta do pronto-socorro ele gritou novamente: "Saiu pai, saiu, saiu, saiu!!!".

Esta história talvez reflita um pouco a nossa fragilidade e como somos nada diante da grandeza de Deus. Quando vai chegando o finalzinho do ano, o momento da passagem, enquanto os familiares pensam na festa, preparam as comidas da noite, confesso que prefiro o silêncio, pouca gente, um tempo de maior reflexão. Não sei se isto acontece devido à expectativa do que virá ou pela lembrança de tudo que Deus já providenciou. Ou ainda se sou mesmo um cara estranho demais...

Corro então para a Palavra de Deus, esta fonte inesgotável de vida, que sempre renova a alma de um pobre e cansado pensador (e pecador, aliás, muito mais pecador) como eu. E ao saber que Davi também passava por isso, sou invadido por um certo alívio: "Dá-me a conhecer, SENHOR, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade. Deste aos meus dias o comprimento de alguns palmos; à tua presença, o prazo da minha vida é nada. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade. Com efeito, passa o homem como uma sombra; em vão se inquieta; amontoa tesouros e não sabe quem os levará. E eu, Senhor, que espero? Tu és a minha esperança" (Salmos 39:4-7).

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Sabe a Portugal

Pelo menos uma vez por ano - principalmente na época do Natal -, o programa "Bom dia Brasil", da TV Globo, faz uma série de reportagens sobre Portugal. Selecionei estas três, que me serviram para matar as saudades da terrinha!

A tradição dos vinhos do Alentejo

Dicas de viagem a Portugal

Os segredos do vinho português passados de geração para geração

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Mudando de lado


Gosto de ler biografias e não resisti a um título sugestivo que encontrei numa livraria de Bauru. E posso garantir que o conteúdo também me prendeu, tanto que devorei as páginas e em poucos dias cheguei ao final da história de Artur Virgílio Alves Reis. É a história real de um sujeito que na década de 30 do século passado aplicou o maior golpe financeiro já conhecido em Portugal e que, no final, arrependeu-se das suas malandragens e rendeu-se a Jesus Cristo.

A conversão de Alves Reis foi, de certa forma, desacreditada pelo autor, o inglês Murray Teigh Bloom, ainda mais porque depois de sair da cadeia ele ainda tentou mais uma das suas artimanhas. No entanto, novamente reconheceu seu erro e morreu pobre, quase sem amigos. Ao penetrar as entrelinhas, acredito que este homem teve um verdadeiro encontro com Cristo, sempre disponível para o maior dos pecadores.

Foi assim com Paulo, o ex-assassino de cristãos, que precisou da ajuda de Barnabé para se integrar na comunidade dos santos, afinal o histórico dele não era nada recomendável. Ananias e os apóstolos desconfiaram dos acontecimentos na estrada de Damasco, quando Paulo viu a Jesus e se entregou a Ele.

Fico imaginando também quando alguém olha para mim e lembra das coisas horríveis que eu fazia. Podiam até ser atitudes diferentes de um Alves Reis, de um Paulo. Mas nem tanto, pois herdamos todos a mesma natureza pecaminosa. Terminar este ano e começar 2012 com a certeza de que Jesus continuará nos ajudando é a maior motivação para buscarmos ser cada dia mais parecidos com Ele.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Reflexões sobre design

"Ensaios em design - ensino e produção de conhecimento". É o nome do livro que minha esposa, Cássia Letícia Carrara Domiciano, lançou neste mês de dezembro, com mais 7 professores da Unesp de Bauru. E eu, é claro, fiquei todo orgulhoso. Afinal, é o segundo dela. A pesquisa sobre pré-livros (ou livros sem texto) envolveu crianças não alfabetizadas, incluindo meus filhos e sobrinhos (agora eles já sabem ler e escrever), no Brasil e em Portugal. E a turminha toda do lado de cá do Atlântico estava no lançamento, além de familiares e amigos.








Calma, que o caju chega




Há exatos 4 anos meu pai plantou um cajueiro no quintal de casa. Confesso que não botei muita fé que ele fosse vingar. Mas eu o aguei praticamente todos os dias neste período, coloquei adubo, limpei e este mês chegou o primeiro fruto. O suco ficou delicioso e vou esperar a castanha secar para eu torrar e comer com sal!

O cajueiro é uma planta tropical, originária do Brasil, e mais encontrada no norte e nordeste do país. Começa a produzir geralmente depois de 4 anos e daí em diante chegar a produzir de 100 a 150 kg anuais. Eu já estou vislumbrando esta abundância.

E é com este exemplo que demonstro a bondade, misericórdia e paciência de Deus, em primeiro lugar comigo. Puxa, quanta insistência dEle, cuidado, carinho. Quantos anos da minha vida sem priorizá-Lo. Ainda bem que Ele não desiste de nós!

Achei o ninho!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Depois de passar o mês de novembro em branco (sem postagem), volto com uma breve reflexão sobre o Salmo 84:1-3: "Quão amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos! A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo! O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes; eu, os teus altares, SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu!".

Justifico esta minha escolha porque fiquei surpreso com uma imagem no fundo de minha casa. Tenho uma mureta que mandei construir na área de lazer, perto da churrasqueira, para tornar mais discreta a entrada do banheiro. Em cima desta mureta, tenho uma planta que dá vida àquele espaço. Dias atrás, ao aguar o vaso, levei um susto, pois um pássaro voou de lá, quase em cima de mim.

Achei até "normal", pois muitos passarinhos procuram buracos no telhado para fazer ninhos. Tive que fechar alguns porque a sujeira era demais. Quando fui molhar a planta num outro dia, lá estava a rolinha de novo. Quando olhei dentro do vaso, percebi que ela cuidava de dois ovinhos.

Interessante como cada versículo do Salmo 84 termina com um ponto de exclamação, enchendo de sentimento as palavras do salmista. Por isso, lembrei desse texto, pois a rola encontrou seu ninho, para acolher os seus filhotes. E eu posso desfrutar da presença de Jesus na minha vida!!!!!!!!!!!!!!!