quinta-feira, 28 de julho de 2011

A esquina do fado

Nas ruas apertadas de Alfama, em Lisboa, sobram casas de fado. Mesmo assim, estão sempre lotadas, e é preciso fazer reservas. No dia em que decidimos visitar uma delas, só fomos "aceitos" na Esquina da Alfama. Um lugar pequeno, apertadinho, mas com muitas surpresas. A primeira delas é que os fadistas são também garçons e garçonetes, que vão se revezando nos atendimentos. É o fado vadio, cantado nas tascas, de forma despretensiosa, com o coração, sem a vaidade que envolve um show.

Uma das fadistas, a Maria Lisboa, passou por nossa mesa e disse que sonhava com bolo de fubá, que ela já tinha experimentado no Brasil. Tempos depois, voltamos à Esquina da Alfama para entregar o bolo. A mulher ficou tão contente, mas tão contente, que nem acreditava que tínhamos cumprido a promessa. Toda a música que ela cantava, oferecia para nós.  Viramos "amigos da casa", da casa do fado, do fado vadio. Desde aquelas visitas, passei a lembrar da Maria Lisboa, e a apreciar Amália Rodrigues, Carlos do Carmo, Mariza.





 










Bem ao lado da torre famosa

Saímos de Carnaxide, onde morávamos, e fomos dar uma volta para conhecer melhor a região. Passamos por Algés, beirando o Tejo e, de repente, demos de cara com a Torre de Belém. Que surpresa. Nem imagina que estava tão pertinho deste monumento tão expressivo da história portuguesa, que serviu durante muito tempo para proteção contra os invasores.

Descobrimos que aos domingos, na parte da manhã, a visitação era gratuita, e aproveitamos para explorar aqueles cinco andares, com escadinhas estreitas, ver a masmorra e observar com calma a torre cheia de guaritas e recheada de detalhes na decoração exterior. Do topo foi possível avistar os bairros de Algés, Belém, Restelo, a Ponte 25 de Abril, o Padrão dos Descobrimentos, além de Almada, do outro lado do Tejo. Um dia memorável!















 


O inferno não é ali

Rochas desgastadas pela ação dos ventos e das ondas, que são constantes e fortes. É o cenário do local conhecido como Boca do Inferno, que fica em Sintra. Cair ali, nem pensar, porque o mar agitado já provocou tragédias. Numa das vezes que visitei estas falésias, as ondas eram tão fortes que estouravam nas pedras lá embaixo e subiam até o topo.

Ali na Boca do Inferno também tem uma feirinha de souvenirs que considero a melhor de Portugal. Ah, e um suspiro com o gotas de limão que é um espetáculo. Nunca tinha visto igual. Mas inesquecível mesmo é a paisagem. O nome devia ser outro: Esculturas Divinas.