sexta-feira, 3 de abril de 2009

Doce regresso





Após quase três meses da nossa volta ao Brasil é que consegui sentar para registrar algumas impressões. E é fácil de explicar a razão da correria. Nossa casa estava alugada e só foi desocupada um mês depois que chegamos. Enquanto isso ficamos hospedados na casa dos meus pais. Como perdi meus documentos, precisei correr atrás disso. Em seguida tivemos que fazer alguns pequenos reparos na casa, que acabaram se tornando GRANDES. E até hoje estamos tentando colocar as coisas no lugar. Não é que tenhamos muitos móveis, etc (parte ficou espalhada entre os parentes e nem pedimos de volta...), mas sempre há um esforço para deixar melhor que antes!

Neste período inicial, ainda viajei uma semana para o Mato Grosso do Sul, cinco dias para a Argentina, um fim de semana em Guarulhos. Isso significa que estar ocupado me ajudou a colocar minha cabeça mais no Brasil e começar a encarar a realidade da readaptação. Embora eu e minha família estejamos sendo muito acarinhados, a reintegração é um processo estranho. Primeiro: há pessoas fazendo melhor o que a gente fazia antes de ir para o campo missionário. Segundo: ouvimos que somos importantes, que fizemos falta, mas não parece (rsrsrsrs). Terceiro: encontrar novos espaços, sem ferir ninguém, é o desafio maior.

Posso até enumerar outros desafios: adaptação das crianças na escola nova, os relacionamentos que eles precisam criar, a criação de uma outra cultura financeira (do euro para o real, que parece ser mais fácil), o reestabelecimento de amizades antigas, e mais isso e mais aquilo.

Por outro lado, há o prazer de rever os familiares, de sentir o acolhimento da igreja, do reencontro com os gostos e cheiros da comida brasileira, de estar em casa. Ah, e que alegria ver as árvores que plantei no meu quintal já grandes, oferecendo refrescantes sombras. E é bom também saber que os irmãos de Portugal estão bem, animados e frutificando.

É isso aí, espero ter justificado bem minha demora em escrever e convencido os que se aventuram a ler este blog. De qualquer forma, obrigado pelas orações e pelo interesse em nossa família. Agora, com a casa em ordem, registraremos com regularidade mais alguns pensamentos e experiências. Grande abraço!

Um comentário:

  1. Oi Mano
    Direitinho deste Portugal que não te vai esquecer tão cedo te escrevo eu, feliz por te saber quase reintegrado, junto dos teus DAI, porque os teus DAQUI, como disse, não te vão esquecer tão cedo.
    E logo a ti, bom mano bom conversador, bom caminhador e claro bom garfo.
    Estou contente, por já estares com as ideias mais no lugar, como dizes, e contente também por estares de volta ao teu palácio.
    Beijos, saudades e abraços toda a tua prole.
    Que o SENHOR te continue a abençoar em todos os teus passos
    Beijo do sempre irmão
    Carlos
    PS: Caminhamos este fim de semana?

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