sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Longe dos holofotes

Há um ditado de que o brasileiro tem memória curta. No entanto, penso que este é um problema do ser humano. Há dias tenho pensado em atividades que participei nos últimos anos e que vi serem esquecidas. Vou citar algumas, não porque esteja chateado, mas exatamente para mostrar que consigo hoje observar situações assim com naturalidade.

Quando eu jogava futebol, fui um dos poucos atletas do Noroeste de Bauru que chegou à Seleção Brasileira, na categoria sub 17. O clube completou agora 100 anos e nem fui convidado para as festas de comemoração. Aí, uma emissora de televisão fez uma série sobre o centenário do Noroeste e também omitiu esta parte importante da história, que contemplou outros verdadeiros craques.

O interessante é que eu trabalhei nesta emissora, que hoje se chama TV Tem, por 7 anos. Comecei na TV Globo Oeste Paulista, que depois virou TV Modelo, e saí assim que foi comprada pelo grupo atual. A emissora completou 50 anos de existência em 2010 e também fez alguns programas especiais. Também esqueceram de mim...

Eu tinha várias fitas com reportagens minhas, mas perdi a maioria. Restou-me pouca coisa. Lamento porque não possa sentar com meus filhos para a gente assistir e se divertir. Por outro lado, confesso que é até bom, porque evita que qualquer pontinha de vaidade possa ressurgir. Mas restou este vídeo no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=EQNiuD9P9yQ

Bem, vamos em frente. Fui presidente de uma entidade social por dois anos, na periferia de Bauru. Recentemente, depois de 3 anos fora do Brasil, fui a uma festa de encerramento das atividades anuais dessa associação, e não teve um funcionário que pelo menos pedisse para eu me sentar mais à frente, quanto mais citar que minha família estava presente.

Para encerrar o papo hoje, ajudei a plantar algumas comunidades de discípulos no Brasil e também fora daqui. Em visita recente a uma dessas, fui claramente rejeitado e acusado de fatos que nunca cometi ou mesmo disse.

Tenho aprendido a relevar tudo isso, a não me lamentar, e me propus a amar ainda mais as pessoas que, por algum motivo, não tem por mim a consideração que tenho por elas. Afinal, não estou em busca de reconhecimento, ou fama, ou sucesso, ou destaque. Mas pretendo continuar servindo, fora dos holofotes.

Um comentário:

  1. Vc pode estar longe dos holofotes, mas é o astro principal do meu filme.

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