Era no café "A Brasileira" que Fernando Pessoa gostava de passar algumas horas. O lugar ainda existe, no Chiado, em Lisboa (mais precisamente na Rua Garret). Fica bem pertinho do Consulado do Brasil, na Praça Luís de Camões. Era reduto de intelectuais e tem o nome "A Brasileira" porque no início do século XX o dono importava produtos do Brasil, inclusive o café, que no início não era muito apreciado por lá.
Uma estátua de Fernando Pessoa comprova que o poeta e escritor português - que usava vários heterônimos - frequentava mesmo o café. Dias atrás recebi um poema dele, que um amigo enviou por e-mail, e achei brilhante:
De tudo, ficaram três coisas:
A certeza de que estamos sempre começando…
A certeza de que precisamos continuar…
A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar…
A certeza de que estamos sempre começando…
A certeza de que precisamos continuar…
A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar…
Portanto, devemos:
Fazer da interrupção um caminho novo…
Da queda um passo de dança…
Do medo, uma escada…
Do sonho, uma ponte…
Da procura, um encontro…
Fernando Pessoa
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