quinta-feira, 28 de julho de 2011

A esquina do fado

Nas ruas apertadas de Alfama, em Lisboa, sobram casas de fado. Mesmo assim, estão sempre lotadas, e é preciso fazer reservas. No dia em que decidimos visitar uma delas, só fomos "aceitos" na Esquina da Alfama. Um lugar pequeno, apertadinho, mas com muitas surpresas. A primeira delas é que os fadistas são também garçons e garçonetes, que vão se revezando nos atendimentos. É o fado vadio, cantado nas tascas, de forma despretensiosa, com o coração, sem a vaidade que envolve um show.

Uma das fadistas, a Maria Lisboa, passou por nossa mesa e disse que sonhava com bolo de fubá, que ela já tinha experimentado no Brasil. Tempos depois, voltamos à Esquina da Alfama para entregar o bolo. A mulher ficou tão contente, mas tão contente, que nem acreditava que tínhamos cumprido a promessa. Toda a música que ela cantava, oferecia para nós.  Viramos "amigos da casa", da casa do fado, do fado vadio. Desde aquelas visitas, passei a lembrar da Maria Lisboa, e a apreciar Amália Rodrigues, Carlos do Carmo, Mariza.





 










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