quarta-feira, 21 de abril de 2010

Com "u" e também com "u"

Sempre que alguém pergunta o meu nome, principalmente quando a pessoa precisa escrevê-lo, eu vou logo dizendo: Marcus, com "u", Aurelius, também com "u". E, quando tenho oportunidade, explico que meu pai era seminarista e as missas naquela época eram rezadas em latim. Então, como ele também estudava obrigatoriamente a língua, decidiu deixar uma marca na família. Eu, o primogênito, fui o escolhido. É óbvio que minha mãe interrompeu a carreira do futuro padre.

Preciso esclarecer que aprecio o meu nome. Perguntei também ao meu pai (bem, ele se chama Paschoal, com "ch", e Benedicto, com "c", precisa explicar mais?) a razão dele optar por Marcus Aurelius. E ele contou que apreciava o imperador romano Marco Aurélio (em latim, Marcus Aurelius), que ficou para a história como um governante bem-sucedido, que gostava muito de filosofia.

Quando eu, Cássia e meninos estivemos em Roma, na casa dos primos Armando, Miriam e Federica, fomos à Praça do Capitólio, que foi redesenhada por Michelângelo, onde havia uma estátua imponente de Marco Aurélio num cavalo. Foi ali que tirei a foto abaixo. Mas descobri que aquela obra de arte é uma cópia, pois a verdadeira está no Museu do Capitólio, que fica na mesma praça, e é feita de bronze. Foi uma das poucas estátuas que foram preservadas pelo imperador católico Constantino, quando muitos monumentos foram derretidos por se pensarem que eram ídolos pagãos.
Posso garantir que foi uma emoção imensa estar naquela praça, junto à minha esposa e filhos. Mas faltaram os meus pais, os criadores do Marcus Aurelius. Quem sabe um dia... Ah, sabe como se chama minha única irmã? Analice. Bem, aí é outra história.

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