quinta-feira, 22 de abril de 2010

Um agregado surpreendente


Vocês já devem ter ouvido falar (ou já vivenciaram) sobre problemas de relacionamento entre cunhados, entre cunhadas. Pois é, quando escolhemos a noiva, como foi meu caso, precisamos lembrar que os pais e os irmãos e irmãs dela estão incluídos no pacote. Bem, na foto aí está meu cunhado Alexandre, dono de um nariz inconfundível e de um bom humor maior ainda.

Os meus cunhados que me perdoem (outro dia falo deles, se eles continuarem me tratando bem!), mas hoje vou comentar sobre o Xã, professor de educação física e um companheiro exemplar. Temos muito em comum, além da parentela: nosso envolvimento na Comunicação e Missão Cristã (CMC); o gosto pelo esporte; mulheres amáveis e devotadas (viu Lia, falei bem de você, por escrito), e a convivência pacífica entre os nossos filhos (embora saiam algumas faíscas, de vez em quando).
Durante 3 anos, nos falamos pelo menos todos os domingos. Ele em Bauru, interior de São Paulo, e eu em Carnaxide, na grande Lisboa. O cara nunca foi chegado em internet, e aí a conversa fluía pelo telefone mesmo. "E aí, como você está?", era a primeira pergunta. Tenho que admitir que eu aguardava o telefonema e, se estivesse na rua mais ou menos naquele horário (mesmo com o fuso), procurava logo retornar para o bate-papo.

A Cássia, minha esposa, reclamava que o irmãozinho nem falava muito com ela, perguntava logo por mim. Mas não era bem assim. Eles conversavam bastante. Mas o que fica registrada aqui é a importância de se sentir valorizado, quando alguém se preocupa com você e se interessa pela sua vida.

Xã até tentou nos visitar em Portugal, junto com sua família, mas a empresa aérea BRA, onde comprou as passagens, faliu, e até hoje só uma parte do dinheiro foi devolvida. Estava tudo preparado para passarmos o Natal juntos, irmos à Serra da Estrela para vermos a neve e participarmos de outras aventuras.

Alexandre Augusto (os pais colocaram nome composto, mas o Augusto ficou perdido no tempo) é o tipo do cara carismático, que quando chega a algum lugar tudo para e ele logo cativa a todos. Numa viagem à Argentina, ele teria misturado o espanhol com o italiano quando foi pedir um refrigerante num bar. Dizem que esta história é folclore, mas a frase dita teria saído assim: "Mama mia, una Cueca-Cuela". Outra vez, pediu que o garçom argentino colocasse um ovo sobre o "bife de chorizo" (aquele corte maravilhoso de contrafilé, com cerca de 250 gramas), porque queria um bife à cavalo.

O dilema dele agora é porque precisa ir ao médico urologista para fazer aquele tão famoso exame de próstata. A primeira vez ele conseguiu adiar, por causa de um velório. Mas vai chegar a vez dele. Enfim, o Xã é um "acréscimo" que me surpreende a cada dia. Pelo lado positivo!

Um comentário:

  1. Hehe, eu tinha deixado esse texto passar em branco... meu irmão é mesmo o máximo!

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