quinta-feira, 19 de maio de 2011

Amigo-irmão

Reproduzo aqui um artigo do meu amigo-irmão Edy Chagas, que escreve a coluna semanal "Boas Notícias" para o Jornal da Cidade, de Bauru. É bom a gente saber que tem mais amigos, daqueles verdadeiros, do que os dedos das mãos e dos pés juntos. É mesmo um privilégio. Se quiser ler mais artigos do Edy, acesse: http://www.cmcbauru.com.br/colunaboasnoticias.php

AMIGO-IRMÃO

Esta semana encontrei um amigo de muitos anos que há tempos não via. Amigo de verdade, daqueles que mesmo perdendo contato pelos caminhos diferentes tomados em certa época da vida, você continua prezando e considerando de maneira especial. Muita coisa vivida juntos, circunstâncias boas e outras difíceis enfrentadas com apoio mútuo. Amigo daqueles que se pode dizer: “comemos um saco de sal juntos”. Amigos que não se separam, mesmo distantes.

Pusemos o papo em dia, rimos muito relembrando coisas passadas, choramos as desventuras de notícias amargas, fortalecemos os laços. 

Todo mundo precisa de amigos assim, que estejam lá quando precisam. Gente de quem você não precisa esconder nada, com quem você pode ser o que é. Que te conheça bem, não se escandalize com seus erros, não te abandone na fraqueza.

Conheço alguém que tinha muitos “amigos”. Sua casa estava sempre cheia, o churrasco corria solto, risadas, conversas, festa. Um dia ele ficou doente. Muito doente na cama, sem poder fazer festa. No começo alguns até o visitavam. Mas com o tempo, foram sumindo um a um, até que veio a solidão. Apenas um desses continuou indo lá e começou a levar outros, que o conheceram assim, doente, mas não se importaram. Passaram a visitá-lo, dizer palavras de incentivo, demonstrando amor sincero, desinteressado. O tempo passou e não o abandonaram. Dizem que fazem isso por causa do amor de Deus nos seus corações.  “Em todo o tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão”. Provérbios 17:17.

Nada demonstra de forma mais clara o amor de Deus na vida de alguém do que seu comprometimento com uma amizade assim. Sem procurar algo em troca, sem esperar recompensa.

Jesus nos amou desta maneira. Ele demonstrou ser nosso amigo entregando-se por nós. Ele pagou nossa dívida diante de Deus, sofrendo o que sofreu e até sendo rejeitado por muitos de nós. Será que seríamos capazes de renunciar algumas coisas valiosas por um amigo? Seríamos capazes de morrer por ele? Foi exatamente o que Jesus fez por nós; ele renunciou seu “status divino”, tornando-se semelhante a nós, identificando-se conosco. Ele desceu de seu alto posto e se humilhou, deixando-se sacrificar por aqueles que agiam como seus inimigos, para torná-los seus amigos. Jesus é o tipo de amigo em quem a gente pode confiar. Se o buscarmos ele estará lá e não importa o que nos aconteça, ele não nos abandona jamais.

Agora, a verdade é que a amizade é uma via de duas mãos. Jesus fez tudo para ser nosso amigo. E nós? Já nos tornamos seus amigos? O que temos feito para manter acesa a chama dessa amizade? Ele nunca nos abandona é certo, mas e nós? Já nos comprometemos com essa amizade ao ponto de passarmos por problemas, sofrimentos e não desistir dela? 

Amizade é coisa séria. É para se guardar do lado esquerdo do peito. Não só para ser cantada em versos mas para ser vivida nos bons e maus momentos. Para ser fortalecida em momentos assim, de sofrimento e dor. Para ser conservada mesmo com o passar do tempo. A amizade verdadeira é uma das formas mais bonitas de se expressar o amor de Deus em nós.

Jesus é nosso modelo. Ele nos ama em todo o tempo e na angústia se mostrou nosso irmão. O que vamos fazer em relação a isso?

Edy Chagas

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