quarta-feira, 11 de maio de 2011

Para refletir: ossos

Perguntei ao meu filho mais novo o lugar que ele mais gostou de conhecer em Portugal e a resposta veio imediata: "Aquele lá cheio de ossos!". Ele estava falando da Capela dos Ossos, em Évora, que fica na Igreja de  São Franscico. Foi construída no século XVII, por iniciativa de três monges que pretendiam mostrar que a vida era passageira. Logo na entrada está escrita a frase: "Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos".

A brevidade da vida é mesmo algo que desconsideramos. E o apóstolo Tiago nos lembra sobre isso: "Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo" (Tiago 4:14 e 15).

Os monges resolveram encher as paredes e as colunas com ossos e caveiras, provenientes de cemitérios da cidade. Foram calculadas 5.000 caveiras usadas na "decoração". Conta-se a história de que um dos esqueletos ainda está preservado, com pele, porque foi amaldiçoado pelos pais, que não se conformavam com o mau caratismo do filho.

Bem, a capela é sobretudo um lugar de reflexão. Alguns, como meu filho caçula, chegaram a achar divertido o passeio. Encontrei também gente que ficou horrorizada. Mas penso que para todos fica o sentimento daquilo que nos espera, a morte. E que nossos ossos ficarão iguaizinhos aqueles. O que vai fazer a diferença é em quem cremos em vida. Foi Jesus quem disse: "Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida" (João 5:24).














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