quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O passado está bem presente

O estádio não mudou quase nada, os vendedores de paçoca são os mesmos, assim como os sorveteiros e pipoqueiros. As caras dos conhecidos na arquibancada, que gostam de futebol, seguem iguais. Os repórteres nas rádios continuam com aquele discurso de anos atrás. O time tenta mais uma vez o acesso à Primeira Divisão. E este clima de nostalgia me leva, com meu pai e filhos, a assistir a uma partida no clube onde já fui atleta e também trabalhei como jornalista.

Por que a gente acha que as coisas precisam evoluir, sempre melhorar? É tão bom quando se conserva algo que tem importância histórica, pois assim as outras gerações podem avaliar quais foram os nossos sentimentos e até sofrimentos. Não é a toa que modas antigas sempre voltam, que carros velhos são apreciados, que as lojas de móveis usados se multiplicam. 

Numa dessas lojas encontrei uma cama de ferro, daquelas que não existem mais. Com um detalhe de madeira encravado na cabeceira. Quem entra no quartinho do fundo de minha casa não deixa de apreciar aquele achado. Aquilo vai durar muito, até eu enjoar e doar, ou mesmo levar para outra loja de antiquários.

Deve ser por isso que sempre que vejo um casarão, daqueles de décadas passadas, fico abismado. Deve ser por isso também que me encanto por veículos antigos. Vai ver que é por isso ainda que o lugar de Salvador, na Bahia, que mais gostei é o centro histórico, com lugares como os das fotos aí abaixo.











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