sábado, 19 de maio de 2012

Fugindo do cabresto

Liguei no celular do jardineiro e marquei a limpeza do quintal para sábado cedo. No horário combinado, lá estava o homem. Estacionou a carroça bem em frente ao portão e começou a tirar os equipamentos. Quando terminou o trabalho, pegou todas as folhas, galhos e sujeira e pôs na sua carroça azul, muito bem arrumadinha. O cavalo estava amarrado na árvore e rapidamente ele já seguia para casa. Na cidade em que moro, é raro ver carroças pelas ruas, mas ainda é um meio de transporte utilizado.

Há alguns anos, quando eu ia passar férias no sítio do meu avô, viajava de ônibus até a cidade mais próxima e ele mandava um funcionário me buscar. Era uma diversão percorrer aqueles 5 km de estrada de terra. Ficava esperando o dia de ir embora para andar de carroça novamente.

A carroça só existe porque o animal, no caso o cavalo, não obedece voluntariamente e precisa ser conduzido através do cabresto. Se não houvesse ninguém ada para dominá-lo, ele certamente fugiria. Que dificuldade para pegá-lo novamente! Por isso é que está registrado em Jó 32:9: "Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem".

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