quarta-feira, 9 de maio de 2012

O filme da minha vida


Há duas semanas meu caçula insistia para levá-lo ao cinema, mas os horários não se encaixavam. Até que fomos almoçar num centro comercial e ele lembrou-me novamente do seu desejo. Embora tivéssemos acabado de comer, colocamos aqueles óculos para assistir ao filme em 3D. Fiquei receoso de me dar uma congestão, mas aguentei firme. Tive também sono, embora houvesse cenas movimentadas e barulhentas. Quando o menino segurou nas minhas mãos, comecei a ver um outro filme, muito mais importante do que aquele que saltava da telona.
Entendi a satisfação dele por estarmos juntos, por ter sido atendido, pela atenção que recebera. As mãos entrelaçadas não duraram muito, é verdade, mas foi o suficiente para reforçarmos os nossos laços de amizade, de carinho, de companheirismo. Por duas vezes fui conferir se ele estava dormindo, mas respondeu que não, que estava gostando mesmo.

Quando terminou o filme, fomos para duas lojas: uma para ver um tênis da Coca-Cola, que “sempre quis ter igual”, e outra para me apresentar o boné com aba reta, agora a última moda dos skatistas. Vimos os modelos, perguntamos os preços e continuamos andando por ali, como bons amigos. Enquanto eu tomava um café, ele saboreava um sorvete. Eu preocupado com o horário, ele curtindo o momento, tendo o pai só para ele. Pena que acabou logo, pois sabe quem foi o grande beneficiado nesta história? Eu!

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