sábado, 7 de abril de 2012

O dia é estranho, mas passa

Depois do sepultamento na sexta-feira, o sábado deve ter sido um dia ímpar para os discípulos e para as mulheres que acompanharam a crucificação e a morte de Jesus. Não há muitos registros sobre esse dia nos evangelhos, a não ser em Lucas 23:56: "E, no sábado, descansaram, segundo o mandamento".

Sejamos sinceros, mesmo que a lei mandasse guardar o sábado, imaginem a expectativa daquelas mulheres para voltar ao túmulo. Na sexta-feira, elas tinham retornado para casa com a intenção de preparar os aromas e bálsamos para o corpo de Jesus. Agora, esperavam terminar o sábado para ir de novo ao local.

Deve ter sido um sábado terrível, pois quem acompanhou aquelas cenas ainda se lembrava de tudo. E havia a expectativa do que poderia ocorrer, pois Jesus já tinha dito - e os principais sacerdotes e fariseus recordavam Suas palavras - que ressuscitaria ao terceiro dia.

Esses religiosos chamaram Cristo de "embusteiro" (Mateus 27:63) e subornaram guardas para inventar uma história depois que Jesus ressuscitou: "Reunindo-se eles em conselho com os anciãos, deram grande soma de dinheiro aos soldados, recomendando-lhes que dissessem: Vieram de noite os discípulos dele e o roubaram enquanto dormíamos" (Mateus 28:12 e 13).

No livro de Marcos, há uma outra citação sobre o dia de sábado: "Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem embalsamá-lo. E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo" (Marcos 16:1 e 2). Pois é, o sábado deve ter demorado para passar, mas passou. E por mais que uma situação negativa perdure, ela tem que acabar; por mais estranho que seja o sábado, que venha o domingo!

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