quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Eu quero, mas será que preciso?

"Olha pai, é disso que estou precisando!". Foi a frase do meu caçula ao ver na televisão a propaganda de uma empresa que emprestava dinheiro. "É só chegar lá e pegar quanto quiser, não é pai?". Tive que explicar que as coisas não funcionam bem assim, que você empresta um valor e depois tem que pagar muito mais por causa dos juros, que isso e que aquilo. Ele pensou um pouco, "decidiu" não fazer o tal empréstimo e calculou que com os R$ 32,00 que tinha ganho na época do Natal já dava para comprar o brinquedo que desejava. Ele é do tipo que precisa investir logo suas economias.

Aprendi nesta questão financeira que existe uma diferença muito grande entre necessidade e desejo. Há coisas que são essenciais para minha sobrevivência e disso não posso abrir mão. Existem também tantas outras que eu gostaria de ter, mas que não posso comprar, e que não me trazem tantos benefícios. Por isso, procuro resistir àquelas compras sob o impulso do momento ou ainda à influência dos apelos comerciais. "Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?" (Hebreus 13:5 e 6).

O problema do homem não é o dinheiro em si. Convenhamos que ele é neutro e nos ajuda muito. A questão envolve amar o dinheiro, atitude que está ligada à avareza, ao egoísmo, traz preocupação, é a raiz de todos os males. O cristão precisa se lembrar sempre que o dinheiro é de Deus, que somos apenas mordomos que devem administrar bem (e não ficar preso em dívidas). O plano de Deus para o dinheiro, além de suprir nossas necessidades, é também suprir as necessidades de outros por nosso intermédio e sustentar o ministério de Deus no mundo.

"De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores" (1 Timóteo 6:6-10).

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