quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Perdoe-me, Senhor, pelo desabafo

O cristão que realmente se dispõe a viver para Deus enfrenta uma crise, uma tensão constante, por entender o que significa estar servindo ao Senhor, renunciando os seus próprios interesses. Comecei o ano vivendo esta realidade, com o pensamento de que eu estaria perdendo tempo com o que faço. Mesmo sem entender direito o que se passava, encontrei na Bíblia uma indicação clara de que temos que permanecer firmes naquilo que nos propusemos a fazer.

O texto está em Malaquias 3:13-18: "As vossas palavras foram duras para mim, diz o SENHOR; mas vós dizeis: Que temos falado contra ti? Vós dizeis: Inútil é servir a Deus; que nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos e em andar de luto diante do SENHOR dos Exércitos? Ora, pois, nós reputamos por felizes os soberbos; também os que cometem impiedade prosperam, sim, eles tentam ao SENHOR e escapam. Então, os que temiam ao SENHOR falavam uns aos outros; o SENHOR atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante dele para os que temem ao SENHOR e para os que se lembram do seu nome. Eles serão para mim particular tesouro, naquele dia que prepararei, diz o SENHOR dos Exércitos; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve. Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve".

Aprendemos a servir a Deus nos momentos de perda, de deserto, embora alguns obstáculos se levantem, principalmente o nosso orgulho, a resistência ao quebrantamento. Às vezes somos levados pelas circunstâncias a pensar mais seriamente sobre nós mesmos, nossos objetivos, a vida que estamos levando. Mexendo nas minhas gavetas, vi que em 2004 já tinha enfrentando uma profunda reflexão sobre o serviço a Deus, quando escrevi um desabafo: "Senhor, tenho a sensação de que atrapalho a Tua obra, sensação de ocupar um espaço para o qual não sou apto, por vários motivos, como inexperiência, falta de conhecimento adequado e uma vontade de ajudar que muito mais traz complicações do que facilita as coisas. Tenho vivido para não causar melindre, para não despertar ciúme, e não tenho conseguido ser eu mesmo,. Passei a esconder meus sentimentos, a reconhecer minha falta de importância e confesso que perdi a motivação. Quem sou eu na Tua igreja? Sinto-me muito mais um intrometido do que qualquer outra coisa. Um despreparado para tão grande missão divina. Talvez eu esteja decepcionado comigo mesmo, com a minha impaciência, com a minha ingratidão, com a minha falta de fé, com a minha arrogância, com o meu orgulho. Perdoe-me, Senhor, pelo desabafo".

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Oi Monique, só agora aprendi como responde aqui... Saudades de vcs. Ainda não li, mas vou ler. Abs e obrigado pela dica. Quando vierem a Ourinhos, estão intimados a passar em Bauru. Ou nos avisem que vamos até lá... T+

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