quarta-feira, 28 de março de 2012

Buscando o que não é meu

Fico maravilhado com a descrição do amor em 1 Coríntios 13, inspirada pelo Espírito Santo. É um exemplo prático que a Bíblia nos fornece sobre o “não buscar os seus próprios interesses” (versículo 5). Na visão do apóstolo Paulo, dedicar-se ao bem das pessoas é um autêntico ato de amor.

Para introduzir o texto que descreve o amor, ele diz: “Entretanto, procurai com zelo os melhores dons. E eu passo a mostrar-vos ainda um caminho sobremodo excelente” (1 Coríntios 12:31).

Quem ama, toma uma direção consciente, é porque escolheu este caminho. Dizer que o amor não procura o próprio interesse é uma maneira de afirmar que o amor não é egoísta. O egoísta deseja que as coisas girem ao redor dele. Ele deve levar vantagem, ser exaltado, deve ser atendido. É o centro e os outros estão ao seu redor, com obrigação de agradá-lo e satisfazê-lo. Quem busca os próprios interesses, se coloca acima dos outros.

Pelos padrões bíblicos, deixar de buscar o seu próprio interesse não é tudo. Devemos ir além e procurar o benefício dos outros: “Que ninguém busque o seu próprio interesse e sim o de outrem” (1 Coríntios 10:24). O amor produz uma mudança interna na nossa disposição de servir e deixamos de ser egoístas para termos atitudes mais altruístas.

Hoje está muito na moda dizer que as relações precisam ser humanizadas, ou seja, serem mais próximas, mais realistas, mais amorosas. Eu diria que nossos relacionamentos precisam de consideração pelo outro, amor fraternal, preferindo em honra o irmão, considerando-o superior a nós. E isto é mais que humanizar. É divino, até sobrenatural, pois o amor de Deus nos envolve a tal ponto que nos damos pelo outro.

Ainda em 1 Coríntios, 10:33, Paulo afirma: “...assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos.”

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